[P.A] História da Genética: o primeiro experimento de Gregor Mendel

Jussara Pereira FERNANDES
Voluntária do PeT – Ciências FuP/UnB e Bolsista do Laboratório de Matemática SAMAC/DAC/UnB.
Universidade de Brasília - Campus Planaltina – DF – Brasil
Jussarap.fernandes@gmail.com

      1.   PLANO DE AULA

1.2 Número de aulas: aula dupla – turmas de terceiro ano do Ensino Médio.

1.3 Objetivos: explicar como foi realizado o primeiro experimento de Mendel.

1.4 Metodologia: Uso de narração da história (roteiro pré estabelecido). Uso do jogo como recurso didático – O Hereditaminó.
1.5  Avaliação: produção de um mini texto com as respostas do Hereditaminó.

2. ROTEIRO DA AULA

Hoje vamos conversar sobre um assunto muito importante para a Ciência que possibilitou conhecermos atualmente como somos formados, vou explicar melhor, como possuímos semelhanças com nosso pai e com nossa mãe. Mas para compreendermos isso vamos precisar conhecer um pouco da História, pois somos produtos de um passado.

Há muitos anos nós homens temos diversas curiosidades naturais e para respondermos a nossas curiosidades pesquisamos várias respostas. O problema da hereditariedade (aquilo que é herdado de um ancestral) “é algo tão antigo quanto às primeiras civilizações humanas”. Mas foi no século XIX que houve vários avanços nos estudos com híbridos. Os cientistas da época tiveram várias descobertas, dentre elas: os sexos das plantas (Androceu – casa do homem e o Gineceu – casa da mulher); a existência de gametas (masculino e feminino); e como realizar técnicas de fecundação cruzada nas plantas.

Mas adiante, na segunda metade do século XIX, um cientista, dando continuidade aos experimentos com híbridos, iniciou uma pesquisa que até hoje é marco na história da Genética. Estou falando de Gregor Mendel.

Mendel nasceu em 20 de julho de 1822 em uma família de agricultores. Aos 21 anos ele entrou para a Ordem de Santo Agostinho – uma congregação da Igreja Católica. Devemos lembrar que no século XIX a Igreja detinha um bom conhecimento intelectual, com várias bibliotecas e instrumentos científicos de ponta.

Mendel estudou Física, Matemática e História Natural na Universidade de Viena. Depois ele foi professor de adolescentes durante quatro anos. Ele participava ativamente de diversas sociedades cientificas voltada para a pesquisa e prática da agricultura.

Ainda quanto estudante Mendel já desenvolvia experimentos com plantas. E foi construído no monastério, onde ele viveu muitos anos, uma estufa para que ele desse continuidade aos seus experimentos com as plantas.

A pesquisa mais importante de Mendel foi a que ele realizou com o cruzamento de ervilhas da espécie Pisum sativum.

Mendel seguiu a abordagem experimental dos hibridizadores que o antecederam (pré- mendelianos): a- “obter uma espécie de uma planta pura para um estado de uma determinada característica e uma espécime de uma planta pura para outro estado da mesma característica – a característica poderia ser, por exemplo, a cor das sementes de uma planta; b- colocar o pólen (gameta masculino) de uma planta sobre o estigma (parte superior da casa da mulher, o Gineceu) de outra planta, nessa foram removidas as anteras (que fazem parte da casa do homem) produtoras de pólen (P); c- observar o nascimento das primeiras plantinhas (F1) obtidas desse cruzamento e suas características; d- depois de algum tempo, deixar as plantinhas que cresceram se autofecundarem (o pólen de uma flor fecunda o estigma da mesma flor); e- observar o nascimento das segundas plantinhas (F2) e suas características ao crescerem.

Escrever no quadro o seguinte esquema:

 Mendel, ao terminar essa etapa da pesquisa, percebeu que todas as plantas da Primeira Geração Filial (F1) eram iguais, ou seja, possuíam apenas uma característica dos parentais. Mendel chamou essa característica de dominante, pois dominou sobre a outra que ficou recessiva (escondida). Mas na Segunda Geração Filial (F2) ele verificou que de cada quatro plantas nascidas três possuíam a característica dominante e uma a característica recessiva.