Ciências Naturais e Matemática: o Laboratório Virtual do educador.
Ciências Naturais e Matemática.: o Laboratório Virtual  
 
  RELAÇÃO SADIA DO HOMEM COM A NATUREZA 05/19/2024 1:01pm (UTC)
   
 

[P.P.T] - PROPOSTA PARA A RELAÇÃO SADIA DO HOMEM COM A NATUREZA: INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS.

Ana Gabriella de Oliveira Sardinha
Universidade de Brasília, Faculdade UnB Planaltina, Brasília – DF
anagabrielladeoliveira@gmail.com

Iris Moreira dos Santos
Universidade de Brasília, Faculdade UnB Planaltina, Brasília – DF
Moreirairys@gmail.com

Jussara Pereira Fernandes
Universidade de Brasília, Faculdade UnB Planaltina, Brasília – DF
jussarap.fernandes@gmail.com ou jussarap.fernandes@hotmail.com

 

Público alvo: 6º série / 7º ano, faixa etária: 12 anos.

Conteúdo proposto: meio ambiente e cidadania.

Duração prevista: Cinco semanas, com um encontro semanal.

RESUMO: Este trabalho é o fruto de uma atividade interdisciplinar[1] no curso de Ciências Naturais da Universidade de Brasília. Consiste em uma proposta de implantação de um projeto pedagógico desenvolvido na disciplina de Estágio Supervisionado 02. O intuito é instigar nos alunos de uma Escola de Ensino Fundamental pública os conceitos básicos sobre observação, registro e inferência através dos ambientes naturais. O cerne desse trabalho faz-se em: desenvolver nos alunos uma aprendizagem significativa de modo que eles sejam agentes ativos da construção do conhecimento; instigar nos professores a curiosidade de abordagens distintas em sala de aula favorecendo o perfil de um professor investigador; excitar o pensamento científico nas salas de aula. Com isso é esperado que os alunos sejam iniciados no raciocínio científico.

Palavras - chave: projeto pedagógico, educação ambiental e meio ambiente.

 

  1. INTRODUÇÃO

            Como é possível realizar a proeza de alterar o modo da relação do homem com a natureza? Na tentativa de responder a pergunta foi investigado na literatura informações que pudessem colaborar para as possíveis soluções.

            Desde a Grécia antiga, haviam estudos dirigidos à sociedade, que para serem constituídos era preciso utilizar-se da educação. Para Platão, “educar é rememorar”, ou seja, então cabe ao professor a tarefa de “conduzir o aluno no processo de trazer à consciência as ideias que jazem escondidas em sua alma.” (PORTO, 2006. p. 13) Partindo das ideias de Platão está implícito no indivíduo o desejo do convívio harmônico com a natureza.

            Já para John Locke (1988, apud, PORTO, 2006. p.16), filósofo moderno inglês, “todas as nossas ideias e os princípios do entendimento são derivados das experiências sensíveis. Porém [...] muitas [...] surgem da reflexão que a mente realiza sobre os dados das experiências.” Segundo, Porto (2006. p.17) um dos grandes cernes da educação é conduzir o aluno aos vários métodos que podem desencadear o conhecimento. Com base nessas reflexões, pode-se disse: educação e preservação.

            Ainda é possível recorrer à concepção Kantiana de crítica reforçada em Adorno e Horkherimer (1985) “Não alimentamos dúvidas nenhuma [...] de que a liberdade na sociedade é inseparável do pensamento esclarecedor.” (PORTO, apud, 2006. p. 36) Ora, neste ponto será aberta uma nova reflexão crítica: como preservar aquilo que não se conhece. De que forma as novas gerações, não tendo acesso aos meios esclarecedores, poderão cuidar do que não conhecem: a natureza. Eis a necessidade da educação para conhecer.

            Será visto a partir de agora alguns aspectos das teorias de educação – aprendizagem -, as quais foram baseadas a proposta do projeto pedagógico. Para nortear os estudos foram selecionadas três principais teorias – cognitivismo e humanismo -, que deram origem a tantos outros estudos. Será tentado realizar uma abordagem transpondo para a realidade da proposta deste trabalho.

            Cognitivismo: essa diz respeito à capacidade cognitiva do ser humano, ou seja, “a capacidade criativa de interpretar e representar o mundo [...] esta postura implica deixar de ver o aluno como um receptor de conhecimentos, não importando como os armazena e organiza em sua mente.” (MOREIRA, 1999. p.15) O aprendiz deixa de ser um sujeito passivo e passa a ser considerado um agente construtor e reformador da própria cognição. Essa prevalece na escola nova. A teoria é baseada na capacidade dos indivíduos de aprender, como sujeitos ativos, a importância da natureza.

            Humanismo: a teoria diz respeito ao homem em sua plenitude objetiva (corpo) e subjetiva (mente). “O aprendiz é visto como um todo – sentimentos, pensamentos, e ações – não só intelecto.” (MOREIRA, 1999. p.16) Ou seja, o individuo é visto em sua plenitude e em toda sua complexidade – pensa, sente e age – de modo integrado, porém, para o autor “é a aprendizagem significativa[2]” que possibilita a integração desencadeando a auto realização e ao desenvolvimento pessoal. Essa teoria ainda é pouco usada nas escolas. No contexto do nosso trabalho pode ser visto que é preciso respeitar a alteridade do outro: homem e natureza.

A proposta desse trabalho é desenvolver um trabalho diferenciado de ensino: fugir da abordagem de ensino tradicional – expositivo - e procurar privilegiar uma abordagem de ensino experimental - participativo, no qual o individuo é sujeito ativo na construção do conhecimento científico.

Através de estudos observacionais e pesquisas realizadas no campo da educação, foi percebido o quanto o ensino de ciências – com foco na ecologia -, vem se distanciando dos indivíduos. Todos sabem que é de principal importância a preservação da natureza, mas, no entanto, ninguém se sente responsável por tal ato. Geralmente essa, para muitos, se constitui responsabilidade de organizações não governamental e ou depende exclusivamente do governo com políticas públicas. Quando na verdade, a preservação, o manejo sustentável, o convívio harmônico com o meio é responsabilidade de todos. (FERRARI, 2003)

Para que se possa em um futuro não muito distante conviver saudavelmente – meio ambiente e homem -, faz-se necessário um acompanhamento monitorado da relação entre homem e a natureza. Para isso não se pode transmitir verdades absolutas, mas sim nortear possíveis caminhos a serem percorridos até desencadear em um convívio harmônico, de sorte, que o planeta possa sobreviver por muitas gerações. (FERRARI, 2003)

  1. OBJETIVOS

             O objetivo geral do projeto de ensino é o instigar nos alunos noções gerais de metodologia científica. Para alcançar tal objetivo são propostos os seguintes tópicos específicos:

  • ·        observar, ao longo das semanas, a evolução e interação dos alunos com os conteúdos  já ministrados sobre meio ambiente, natureza e ecologia (5º séries);
  • ·        observar o mini ecossistema e registrar as observações (caderno de campo) para inferir, com auxilio dos livros o observado em campo;
  • ·        analisar pequenas amostras colhidas no campo, segundo os livros didáticos;
  • ·        formulação de um relatório de cada grupo sobre as atividades desenvolvidas em campo.
  1. JUSTIFICATIVA

            A justificativa deste trabalho encontra-se na necessidade do melhoramento da relação homem e meio ambiente. Além disso, foi pensado em instigar noções básicas sobre métodos científicos como observação, registro e inferência. A proposta é de implantar o projeto pedagógico em duas turmas de 6º séries, dividindo-as em grupos de no máximo seis pessoas.

  1. ANÁLISE DE CONCEITOS

4.1  Conteúdos a serem trabalhados

4.1.1  O que é Cerrado?

O Cerrado é um tipo de savana como as que ocorrem em algumas regiões do mundo, geralmente localizadas nas regiões entre os trópicos e abrange uma grande proporção ao sul do globo. Um bom exemplo pode ser encontrado nas savanas africanas e no centro-oeste brasileiro. (BIZERRIL, 2008)

Dentre os diversos biomas brasileiros o Cerrado possui uniformidade peculiar e ecologia própria. Sua localização é privilegiada, pois realiza uma transição entre os demais biomas brasileiros: Amazônico (a oeste e ao noroeste), Caatinga (a leste e nodeste); Mata Atlântica (ao sul e sudeste); e o Pantanal (ao sudoeste). Ele possui macroclima específico caracterizado por: formação vegetal típica - fitofisionomia diferenciada – sendo conhecido como o mosaico de vegetação; fauna - com alta diversidade e espécies próprias da região; condições ambientais específicas – altitude, solo, o fogo, entre outros. (COUTINHO, sem ano) O Cerrado se estende sobre a maior parte do Brasil Central, principalmente em regiões de planalto, com solos profundos e bem drenados. Já o cerrado sensu stricto representa cerca de 70 % desse bioma com um grau de cobertura variando entre 10% a 60% (FELFILI & FELFILI, 2001; RIBEIRO & WALTER, 1998; FELFILI & FAGG, 2007).

Dentro de fatores físicos determinantes (clima, solo, fogo, altitude e etc), as vegetações apresentam diferentes estruturas e fitofisionomias. Diante desse contexto, o que para alguns é apenas o bioma savana (devido ao macroclima) para outros pode ser o domínio cerrado brasileiro. O cerrado não possui uma fisionomia única e uniforme, por isso “embora o macroclima seja o mesmo, tropical com chuvas de verão e inverno seco, encontram-se aí [...] um mosaico de diferentes biomas, uns mais extensos, outros menos” (COUTINHO, 2006, p.19)

4.1.2    A flora do Cerrado

A formação vegetal típica desse bioma é única e pode ser classificada de diferentes formas, mas geralmente, essa classificação está atrelada aos tipos de solo: as variações na quantidade dos nutrientes e a retenção de água. (BIZERRIL, 2008) Essa fitosionomia diferenciada pode ser classificada como: formações campestres – campo limpo, campo sujo e campo rupestre; savânicas – apresentam o chamado “Cerrado sentido restrito”, ou seja, o Cerrado propriamente dito e a vereda; e por fim, as formações florestais – apresentam as matas de galeria, matas ciliares, matas secas e o cerradão. (TELES WALTER, 2006, p.317-372) Observe a imagem a seguir:

Figura 01: Mapa demonstrativo dos tipos de vegetação do bioma Cerrado. Ilustração: José Felipe Ribeiro.
Fonte: h
ttp://www.agencia.cnptia.embrapa.br, com acesso em janeiro de 2011.

4.1.3     A fauna do Cerrado

A fauna, do mosaico de vegetação do Cerrado, é a mais variada possível e está relacionada à variedade de vegetação, sendo essa de grande importância para abrigar os diferentes animais. Dentre a diversidade da Fauna pode-se destacar: o lobo – guará, espécie encontrada somente no Cerrado e ameaçada de extinção; o gato-do-mato-pequeno, mamífero típico do Cerrado; a onça pintada, maior felino das Américas; A anta, maior mamífero da América do Sul; os tatus, mamíferos bastantes populares; os tamanduás (mirim e bandeira), mamíferos com uma língua muito longa e se alimentam de formigas na vida adulta; o veado-campeiro, o veado-mateiro, o veado-catingueiro, os quais habitam áreas mais abertas do Cerrado; e os macacos que são mais raros no Cerrado, mas podem ser encontrados sagüis e bugios. (BIZERRIL, 2008; NEIMAM, 1998)

Na fauna também é possível encontrar algumas aves, tais como: emas – maior ave do continente americano; falcões, águias, araras, seriemas e papagaios, todas essas são de exótica beleza e típicas do Cerrado, mas as últimas são encontradas com maior frequência nas regiões de veredas. Ainda pode-se encontrar nesse bioma mais de cem espécies de cobras, como por exemplo, a urutu-cruzeiro e a cascavel. (BIZERRIL, 2008; NEIMAM, 1998)

Por fim, podem-se encontrar diversas animais de pequeno porte e alguns insetos, por exemplo, cupins e formigas. Alguns desses pequenos habitantes do Cerrado possuem características adaptativas como o mimetismo e a camuflagem. O primeiro consiste em “imitar”(organismos mímicos) outro grupo de organismo que os confundem (os modelos) visando à proteção em geral, o segundo é distinto do primeiro, pois aquele é o conjunto de técnicas e métodos que permitem a um dado organismo ou objeto permanecer indistinto do ambiente que o cerca. (BIZERRIL, 2008; COUTINHO, 2000)

4.2       Ensino de Ciências, Educação Ambiental e a Legislação Brasileira

            A Constituição Federal de 1988 - em seus artigos 205 e 225-, garante o dever de preservar as paisagens naturais e o direito da construção de valores sociais com uso dos recursos naturais, contribuindo para a formação do cidadão. A Lei n° 9.795, de 27 de abril de 1999 que dispõe sobre a Educação Ambiental gerando a seguinte definição:

Entendem-se por Educação Ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade” (BRASIL, 1999, art.1º)

            Os problemas ambientais promovidos pela relação desgastada homem natureza causam transtornos ecológicos e nesse contexto se faz necessário preservar e cuidar do patrimônio natural como preconizado pelo Código Florestal (1965). Esse estabelece diretrizes favorecendo a manutenção do ar, água, solo, proteção científica ou história, preservação de espécies da fauna e flora, manutenção do ambiente necessário à vida das populações e assegurar condições de bem estar público.

            Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) enfatizam a necessidade da inclusão do tema Meio Ambiente. Para isso deve-se levar em consideração a perspectiva de refletir sobre a consequência das alterações humanas sobre o Cerrado; e incentivar os alunos a compreenderem a necessidade de buscar novos rumos e maneiras de se relacionar com o ambiente que vive.

            Dentro ou fora do ambiente escolar o aluno deve ser capaz de intervir, adequando práticas e valores, para a conservação do meio ambiente, por esse motivo surge à necessidade de relacionar os “problemas ambientais brasileiros e o desenvolvimento sustentável” (BRASIL, 1998, p.44).

            Os ambientes urbanos - das médias e grandes cidades-, o meio rural, a escola, além dos meios de comunicação, são responsáveis pela formação do indivíduo e consequentemente de toda a sociedade, uma vez que existe uma construção de conhecimento por meio de sistema dinâmico que abrangem a todos. Assim a população está cada vez mais envolvida com a tecnologia de ponta e com paisagens modificadas pelo homem, perdendo a relação natural que se tinha com a “terra” e suas culturas e a consequência disto é o afastamento gradativo das pessoas com as paisagens naturais, no caso: o Cerrado.

            A educação ambiental visa estabelecer referência na vida dos jovens da sociedade atual de forma abrangente e pela proposta de atingir todos os cidadãos, através de um processo pedagógico participativo permanente, que procura incutir no educando uma consciência crítica e reflexiva sobre a problemática atual. Compreende-se como crítica e reflexiva a capacidade de captar o início e a evolução de problemas ambientais, bem como perceber que o relacionamento da humanidade com a natureza resulta em interferência nos ecossistemas.

4.3       Avaliação do livro texto: o que eles dizem sobre o Cerrado?

            O livro texto de quinta série Para Viver Juntos não abarca o conteúdo básico sobre biomas no mundo nem tão pouco biomas brasileiros. Mas relacionam os seres vivos e o ar, os seres vivos e a água e o uso sustentável do solo a atmosfera. Tais noções colaboram para a compreensão da pequena parcela em estudo.

            O livro texto da sexta série da mesma coleção Para Viver Juntos não menciona sobre os ecossistemas nem nacionais ou internacionais.

5          METODOLOGIA E DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES

5.1       Proposta pedagógica

            A proposta do método a ser utilizado será a Parcela de micro ecossistemas. Esse método foi estudo em uma disciplina[3] do curso de Gestão Ambiental. No decorrer do curso diversas metodologias para controles ecológicos aplicados as Unidades de conservação foram abordadas entre elas o método Parcela que possibilitou uma releitura para o campo educacional.

a)      Localização e reconhecimento da área:

            A área a ser selecionada na escola deve ser externa (ideia de laboratório a céu aberto) e possuir vegetação (natural ou implantada) e deve apresentar: solos, plantas e pequenos animais.  No caso do Centro Fundamental 08 de Sobradinho II a área escolhida será a área circundante ao estacionamento. O reconhecimento consiste em realizar um mapa da área com uma visão geral do que pode ser visto no primeiro instante.

b)     Utilização do método parcela

A quantidade de parcelas dependerá da quantidade de equipes. É aconselhável uma equipe por parcela.

Precisaremos dos seguintes materiais para a marcação aleatória[4] de uma parcela: quatro estacas de madeira, um rolo grande de barbante, esquadro com ângulo de noventa graus, trena de dez metros.

Equipamentos optativos a título de curiosidades[5] e usados para uma marcação rígidas das parcelas: bússola, Sistema de posicionamento global (G.P.S) e altímetros (caso o G.P.S não possua essa função). É necessário deixar claro que a falta dos últimos equipamentos não inviabiliza a execução do projeto pedagógico.

  • Método parcela marcação aleatória

Escolhe-se um ponto inicial, onde é preciso fincar a primeira estaca – o ponto será melhor se marcado ladeando uma trilha existente no local.

Amara-se o barbante na primeira estacada e mede-se cinco metros com a trena, de modo que entre a primeira estaca e a segunda forme uma linha reta. Após marcar os cincos metros, finca-se a segunda estaca e passa-se o barbante.

Com o esquadro que forma um ângulo reto (90º), marca-se a direção do terceiro ponto serão medidos mais cinco metros e passa-se o barbante, fincando a terceira estaca. Do mesmo modo será feito com o quarto ponto. Por fim, será fechado um quadrado perfeito com cinco metros de lado. Observe o esquema de ilustração a seguir:

Figura 02: Esquema de marcação da parcela aleatória
Fonte: Desenho executado por Fernandes, usando o programa AutoCAD 2009, em 19/02/2009 

5.2       Planos de Ensino

Encontro 01

Série e Turma: 6º série, Turma A e B

Número de aula: duas horas aulas

Conteúdo que será trabalhado: Introdução e Instruções de trabalho

Objetivo Geral: orientar como o trabalho será desenvolvido.

Objetivos específicos: marcar as parcelas; construção do mapa da área a ser trabalhado; direcionar as observações das mini parcelas através de roteiro e instruções para notações diárias no caderno de campo. Marcar a incidência dos raios solares com tinta no piso e fixar o pluviômetro.

Competências e habilidades: desenho manual e coordenação motora.

Procedimentos:

Apresentação dos trabalhos; divisão das turmas em grupos e distribuição do caderno de campo; dividir os materiais necessários para os grupos marcarem as parcelas, explicação de como as parcelas serão marcadas. (dentro da sala de aula)

Marcar a inclinação solar; marcar as parcelas e identificá-las de acordo com os grupos; construção do mapa de área – desenho e notações do todo observado. (atividades externas)

Avaliação: o caderno de campo será recolhido ao final do mini curso.

Material a ser utilizado: pedaços de madeiras, martelo (somente os professores bateram as estacas), barbante, papel para identificação dos grupos e caderno de campo com um lápis.   

Encontro 02

Série e Turma: 6º série, Turma A e B

Número de aula: duas horas aulas

Conteúdo que será trabalhado: O que é o Cerrado?

Objetivo Geral: Identificar o Bioma Cerrado e inserir-se nele.

Objetivos específicos: apresentar o Bioma Cerrado; identificar na parcela resquícios do Bioma Cerrado como solo, disponibilidade de água e microclima.

Competências e habilidades: coordenação motora e concentração quanto às instruções.

Procedimentos:

Distribuição de imagens de áreas naturais do Bioma Cerrado; identificação dos dados gerais do Cerrado - solo, microclima, fogo, disponibilidade de água; explicação para a coleta de amostra de solo na parcela. (dentro da sala de aula)

Marcar a incidência dos raios solares com tinta no piso. Preenchimento do roteiro de observação. Coleta de amostras do solo na parcela e análise no laboratório da escola com auxilio dos livros didáticos. Anotação no caderno de campo. (atividades externas)

Avaliação: o caderno de campo será recolhido ao final do mimi curso.

Material a ser utilizado: Caderno de campo, lupas laboratório e livros didáticos.

Encontro 03

Série e Turma: 6º série, Turma A e B

Número de aula: duas horas aulas

Conteúdo que será trabalhado: A flora do Cerrado

Objetivo Geral: Conhecer algumas espécies nativas do Cerrado.

Objetivos específicos: identificar na parcela resquícios da flora do Cerrado e relacioná-las ao tipo de solo; observar o que hoje está plantado nas parcelas; desenhar alguns tipos de folhas para classificar se a flora é nativa ou não do Bioma.

Competências e habilidades: coordenação motora e concentração quanto às instruções.

Procedimentos:

Distribuição de imagens de áreas naturais do Bioma Cerrado com ênfase nas plantas; identificação de prováveis espécies trazidas pelo homem e seus impactos e importância. (dentro da sala de aula)

Marcar a incidência dos raios solares com tinta no piso. Preenchimento do roteiro de observação. Colher amostra de plantas e desenhar sua axialidade foliar no caderno de campo, procurar nos livros didáticos as prováveis classificações. (atividades externas)

Avaliação: o caderno de campo será recolhido ao final do mimi curso.

Material a ser utilizado: imagens de ambientes naturais do Cerrado com foco na flora, papéis, lupa, livros didáticos para inferência sobre a flora.

Encontro 04

Série e Turma: 6º série, Turma A e B

Número de aula: duas horas aulas

Conteúdo que será trabalhado: A fauna do Cerrado

Objetivo Geral: Conhecer alguns animais nativos do Cerrado. (Foco em insetos)

Objetivos específicos: identificar na parcela resquícios da fauna do Cerrado e relacioná-las as intervenções do homem; observar pequenos insetos nas parcelas e alguns pássaros.

Competências e habilidades: coordenação motora e concentração quanto às instruções.

Procedimentos:

Exibição de vídeo sobre os animais do Cerrado e amostra de imagens dos pequenos habitantes do Cerrado (INSETOS). (dentro da sala de aula)

Marcar a incidência dos raios solares com tinta no piso. Preenchimento do roteiro de observação. Identificação de prováveis espécies que vivem nas parcelas e nas redondezas próximas. (atividades externas)

Avaliação: o caderno de campo será recolhido ao final do mini curso.

Material a ser utilizado: Televisão, DVD, filme (tempo estimado 20:00). Caderno de Campo e lápis.

Encontro 05

Série e Turma: 6º série, Turma A e B

Número de aula: duas horas aulas

Conteúdo que será trabalhado: Sistematizando o conhecimento da observação, do registro e inferindo dados.

Objetivo Geral: Inferir dos dados coletados possíveis resultados.

Objetivos específicos: Sistematizar os registros realizados a cada encontro, com produção de tabelas e gráficos. Inferir através dos gráficos prováveis resultados da investigação.

Competências e habilidades: disciplina e concentração.

Procedimentos:

Externo: anotação dos dados recolhimento do material que foi usado (estacas, barbantes, Pluviômetro, etc. (atividades externas)

Sistematizando o conhecimento e inferindo resultados: construção e analise do gráfico do nível de chuvas registradas no pluviômetro; construção e analise do gráfico sobre a inclinação solar; construção e analise do gráfico a respeito das nuances na flora da parcela; construção do gráfico de freqüência dos animais mais notórios nas parcelas (inferir qual motivo deles aparecerem); construção e analise de gráficos sobre as nuances do solo; e por fim, recolhimento dos cadernos de campos dos grupos para realização de avaliação. (dentro da sala de aula)

Avaliação: recolhimento do caderno de campo.

Material a ser utilizado: quadro, giz coloridos, papéis..

6.      CRONOGRAMA

Atividades

Semana

Semana

Semana

Semana

Semana

Caderno de campo registro

X

X

X

X

X

Inclinação solar

X

X

X

X

X

Construção de mapa da parcela (área)

X

 

 

 

 

Coleta de amostra e análise do solo

 

X

 

 

 

Observação da flora

 

 

X

 

 

Observação dos animais

 

 

 

X

 

Aferir quantidade de chuvas pluviômetro

 

X

X

X

X

Recolher material utilizado na parcela

 

 

 

 

X

Construção e análise de gráficos

 

 

 

 

X 

7.      MATERIAIS E CUSTOS.

Descrição

Quantidade

Valor Unitário

Valor total

Caderno de campo

12

R$1,50

R$ 18,00

Barbante

  1

R$2,00

R$  2,00

Tinta

   1

R$3,50

R$  3,50

                                                                                                                               TOTAL

R$ 23,50

 

8.      REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BIZERRIL, Marcelo. Ximenes. Aguiar. Vivendo no Cerrado e aprendendo com ele. Ed. Saraiva, 2008.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Artigos 205 e 225. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm. Acessado em Janeiro de 2011.

 

BIZERRIL, Marcelo. Ximenes. Aguiar. Vivendo no Cerrado e aprendendo com ele. Ed. Saraiva, 2008.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Artigos 205 e 225. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm. Acessado em Janeiro de 2011.

BRASIL. Lei n° 4.771, de 15 de Setembro de 1965. Institui o novo Código Florestal. Artigo 3. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4771.htm. Acessado em Janeiro de 2011.

BRASIL. Lei n° 9.795 de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, Institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Artigo 1. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm. Acessado em Janeiro de 2011.

BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências Naturais. (3º e 4º ciclos do ensino fundamental). Brasília: MEC, 1998. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ciencias.pdf. Acessado em Janeiro de 2011.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental. Departamento de Educação Ambiental. Viveiros educadores: Plantando vida. Brasília: MMA, 2008. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao12.pdf Acessado em Janeiro de 2011.

COUTINHO, Leopoldo Magno. O conceito de bioma. Acta Botanica Brasilica: 20(2). 13-23, 2006.

COUTINHO, Leopoldo Magno. Cerrado. Sem ano. Departamento de Ecologia Universidade de São Paulo, Instituto de Biociências, Departamento de Ecologia, C. Postal 11461, CEP 05422-970, São Paulo, SP, Brasil. Disponível em: <http://eco.ib.usp.br/Cerrado/. Acesso em julho 2010.

FELFILI, Jeanine Maria; FAGG, Christopher Willian. Floristic composition, diversity and structure of the "cerrado" sensu stricto on rocky soils in northern Goiás and southern Tocantins, Brazil. Revista Brasileira de Botânica: 30(3):375-385, 2007

FELFILI, Maria Cristina; FELFILI, Jeanine Maria. Diversidade alfa e beta no cerrado sensu stricto da Chapada Pratinha, Brasil. Acta Botanica Brasilica:15(2): 243-254, 2001.

FERRARI, Amarildo R. A responsabilidade como princípio para uma ética da relação entre ser humano e natureza. Revista eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental. v.10. jan.jun, 2003. Disponível em: http://www.estig.ipbeja.pt/~ac_direito/AFerrari.pdf acesso em: maio, 2009.

GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL. 2009a. Orientações Curriculares: Ensino Fundamental: Séries e Anos Finais. Distrito Federal. Disponível em: http://www.se.df.gov.br/sites/400/402/00002728.pdf. Acessado em Janeiro de 2011.

GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL. 2009b. Orientações Curriculares: Ensino Fundamental: Séries e Anos Iniciais. Distrito Federal. Disponível em: http://voltaasaulas.se.df.gov.br/wp-content/uploads/2009/02/orientacoes-curriculares-ef-series-iniciais.pdf. Acessado em Janeiro de 2011.

MOREIRA, Marco Antonio. Teoria de aprendizagem. São Paulo: EPU, 1999.

NEIMAM, Zysman. Era Verde? Ecossistemas brasileiros ameaçados. Ed. Atual. São Paulo, 1998.

PORTO, Leonardo Sartori. Filosofia da Educação. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006.

PUCPR, Sistema Integrado de Bibliotecas da. Biblioteca Central Normalização de trabalhos técnicos – científicos: trabalhos acadêmicos, monografias de graduação, monografias de pós-graduação, dissertações e teses. Organização: Nadia Ficht Richardt, Cirineo Zenere e Adriano Lopes. – Curitiba, 2007. 57f.: Il

RIBEIRO, José F.; WALTER, B.M.T. Fitofisionomias do Bioma Cerrado. In: SANO, S.M.; ALMEIDA, S.P. Ed Cerrado: Ambiente e Flora. Planaltina: EMBRAPA – CPAC, 1998, p. 87 – 166.

WALTER, Bruno Machado Teles. Fitofisionomias do bioma Cerrado: síntese terminológica e relações florísticas. Março, 2006. p. 317-372. Tese de doutorado em ecologia. Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília. Brasília, 2006. p. 317-368. Disponível em: http://www.cipedya.com/web/FileDetails.aspx?IDFile=161114. Acesso em: julho, 2010.

 

ANEXOS ROTEIRO 

Primeiro encontro

      Apresentação do projeto, formação dos grupos (sala de aula).

  • Marcar a inclinação solar;
  • Marcar as parcelas e identificá-las de acordo com o grupo;
  • Construção do mapa de área (parcela) desenho;
  • Instalação do pluviômetro;
  • Registro das observações caderno de campo.

Segundo encontro

      Abordagem sobre o tema cerrado. Apresentar o Bioma Cerrado; identificar na parcela resquícios do Bioma Cerrado como solo, disponibilidade de água e microclima.

  • Marcar a inclinação solar;
  • Coleta de amostras do solo do cerrado e análise no laboratório;
  • Aferir o nível de água (ml) do pluviômetro;
  • Registro das observações caderno de campo. 

Terceiro encontro

Apresentar o Bioma Cerrado; identificar na parcela resquícios do Bioma Cerrado como solo, disponibilidade de água e microclima.

  • Distribuição de imagens de áreas naturais do Bioma Cerrado;
  • Colher amostras de plantas e desenhar sua axialidade foliar no caderno de campo;
  • Marcar a inclinação solar;
  • Aferir o nível de água (ml) do pluviômetro;
  • Registro das observações caderno de campo. 

Quarto encontro

Abordagem sobre a fauna do Cerrado e relacioná-las as intervenções do homem; observar pequenos insetos nas parcelas e alguns pássaros.

  • Exibição de vídeo sobre animais do cerrado;
  • Identificar prováveis espécies de animais nas parcelas e nas redondezas;
  • Marcar a inclinação solar;
  • Aferir o nível de água (ml) do pluviômetro;
  • Registro das observações caderno de campo.

Quinto encontro

Sistematizar os registros realizados a cada encontro, com produção de tabelas e gráficos. Inferir através dos gráficos prováveis resultados da investigação.

  • Marcar a inclinação solar;
  • Aferir o nível de água (ml) do pluviômetro;
  • Recolhimento do material utilizado nas parcelas
  • Construção e análise do gráfico sobre o nível de chuvas registrados no pluviômetro;
  • Construção e análise do gráfico sobre inclinação solar;
  • Construção e análise do gráfico sobre  os animais mais notório na parcela;
  • Construção e análise do gráfico sobre a flora da parcela;
  • Construção e análise do gráfico sobre nuances do solo;
  • Recolhimento do caderno de campo dos grupos para realização de avaliação.


[1] Os referenciais bibliográficos introdutórios foram estudados no semestre (1º/2009) do curso de Ciências Naturais nas disciplinas de Filosofia e Sociologia da Educação e Bases Psicológicas.

[2] Para o autor aprendizagem significativa é aquela que modifica paradigmas, dando espaços para a criação de novos conceitos, com alterações de hábitos e opiniões.

[3] Mapeamentos Ecológicos em Unidades de Conservação, ministrado pelo Doutor BERNARDI, José Vicente Elias, professor adjunto do curso de Gestão Ambiental da FuP - UnB.

[4] Esse tipo de marcação não faz referências exatas – latitude, longitude e altitude – no mapa.

[5] O uso desses materiais não será obrigatório, pois conhecemos o déficit de materiais das escolas.


 
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